Ontem compartilhei um infográfico na nossa página do facebook que encontrei no site da revista EXAME falando do Funil da Engenharia Brasileira. Nele mostra que de 1,6 milhão de pessoas que passam no vestibular apenas 32.000 escolheram engenharia e ao final de 5 anos terão desempenho adequado para o mercado de trabalho.
Página Facebook do Engenharia Cotidiana
Isso significa que segundo a revista EXAME apenas 2% dos estudantes que passaram no vestibular escolheram engenharia como carreira e estão preparados para o mercado de trabalho…
Quando vi esses dados não dei muita importância nem atenção, mas depois comecei a me questionar qual o motivo para esses números?
Levantei algumas hipóteses considerando também os comentários das pessoas lá no facebook e cheguei a alguns possíveis problemas:
Poucas pessoas escolhem a Engenharia como carreira.
Só esse tema pode gerar muitas questões…
Além de ser uma área considerada mais “difícil” e necessita uma maior dedicação dos alunos na faculdade.
Já que muita tem muita gente trabalhando na faculdade e conciliar engenharia + trabalho é uma tarefa para poucos.
Faculdades de direito, administração enfim áreas de humanas não necessitam muita infraestrutura basicamente precisam apenas de prédio, professores e biblioteca. Devido a isso temos mais faculdades de humanas, ou seja, mais pessoas nessas áreas.
Já para uma faculdade de engenharia além de prédio, professores e biblioteca precisa também de um bom laboratório o que nem toda faculdade pode bancar os equipamentos. Então menos faculdades de engenharia menos pessoas nesses cursos.
Desistência
De acordo com infográfico a desistência também é um dos grandes problemas. Levantei algumas hipóteses também para esse motivo analisando o tempo que estou na engenharia.
Acredito que o grande motivo de desistência do curso de engenharia é o abismo entre ensino médio e universidade.
No ensino médio aprendemos apenas o básico do básico em exatas… E quando chegamos aos primeiros dias de aula em uma faculdade de Engenharia temos que lidar com Cálculo e suas integrais, derivadas e Física com seus teoremas baseados em cálculos que não aprendemos ainda.
Totalmente diferente do que estávamos acostumados…
Física não é mais decorar fórmulas com seus nomes engraçados (Sorvete = S = So + Vt ).
E matemática não é apenas resolver sistemas com números reais.
Como disse é um verdadeiro abismo pouca coisa que aprendemos do ensino médio utilizamos na universidade. Se o aluno não se dedicar para aprender é reprovação na certa…
Não tem pai nem mãe para ir lá à escola reclamar que professor não ensina direito…Esquece malandro
Na faculdade você tem que se virar sozinho, ser autodidata. Tem que ter muito HSBC (não é o banco não…é Horas Sentado com a Bunda na Cadeira). Costumo dizer que em uma universidade de engenharia “ É onde o filho chora e a mão não vê” rsrs
Outro fator preocupante é a baixa qualidade dos formandos…
Culpa de quem: dos Estudantes, Professores ou Instituição de Ensino?
Segundo o infográfico apenas 32.000 dos alunos formados em Engenharia em todo o Brasil são qualificados para o mercado de trabalho!
Quero deixar esse espaço aberto para discussão e gostaria de ouvir a opinião de vocês nos comentários. Então vou levantar mais alguns temas para discutirmos aqui…
Existe um culpado para isso tudo? Ou cada um tem uma parcela de culpa?
Os professores também são qualificados para ensinar. Estão dispostos para isso?
As instituições de ensino oferecem infraestrutura suficiente para a boa formação dos alunos?
Nós alunos estamos nos esforçando para ser um bom profissional ou estamos levando na brincadeira?
E o mercado de trabalho e as empresas? Já que reclamam tanto de mão de obra desqualificada não teriam que se aproximar mais das instituições de ensino para melhorar essa qualificação que tanto querem?
O que você Engenheiro ou estudante de engenharia acha o que está ocasionando esse gargalo na Engenharia brasileira. O que podemos fazer para melhorar isso…
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56 replies to "Está faltando engenheiro no mercado?"
Olá Luiz, Meu nome é Bruno e estudo Engenharia Mecânica.
Acredito que o começo de todo o despreparo está nas primeiras séries, onde um único professor é habilitado a ensinar várias matérias. Este único professor, em sua maioria, não tem o menor interesse em matemática, e nem sabe explicar direito esta matéria.
Também culpo os pais em geral que, ao identificar que o filho possui curiosidades nestas áreas, tenta oprimi-las para não deixar de ter todas as respostas.
Por último fica o interesse irritante dos brasileiros de procurar a forma mais fácil para chegar em qualquer lugar… Conheço muitas pessoas que não fariam engenharia simplesmente por poder trabalhar de forma braçal no porto e ganhar mais.
Quanto aos professores, não tenho do que reclamar. Todos os professores do meu curso são ótimos…
Muito bom Bruno…valeu pelo comentário e por deixar sua opinião…
Quando falou que “Todos professores do seu curso são ótimos” fiquei curioso em saber qual facul você estuda?
Lógico somente se quiser falar…
Grande abraço garoto e boa sorte aí na sua carreira.
Sem problemas, Gustavo. Estudo na Univali – Universidade do Vale do Itajaí.
Além de ter ótimos professores e uma boa estrutura, a facul ainda tem diversas parcerias com empresas da região, que fazem cursos e oferecem estágios…
Valeu Bruno…
Que bom que seus professores são excelentes…
Aproveite bem !!
Grande Abraço e valeu pelo comentário
Oiii, Luiz, meu nome é Stefany, faço engenharia ambiental.. E posso dizer, realmente não é fácil! Mas acredito que com determinação, a gente possa conseguir o nosso objetivo! #FuturaEngenheira, Se Deus quiser! Adorei o site, de muito bom gosto viu?! Beijo
Olá Stefany, tudo em ordem?
Com certeza um dia chegamos lá… srrs
Muito obrigado por curtir e acompanhar o site.
Grande abraço e volte sempre.
Não está tudo em ordem mesmo! (rsrsrs) Minha cabeça está uma loucura.. Afinal de contas, fazendo provas, quem fica com tudo em ordem?
Tomara que sim, que a nossa força de vontade seja bem maior.
Todos os dias estou dando uma ‘passadinha’ por aqui pra ver matérias novas.. É importante saber das coisas! o//
Bjão!
Olá Stefany,
final de semestre o bixo pega..rsrs
mas sempre que tiver um tempinho passa por aqui!
Grande abraço e boa sorte nas provas.
Obrigada! 😀
Fala Gustavo, Blza?
Eu, sou da turma da Engenharia Elétrica e posso dizer que grande parte deste problema esta nos professores brasileiros que na minha opinião são como seres criados em cativeiros, ou seja eles são bons na teoria (dentro da sala de aula) já na prática onde realmente acontece o aprendizado, eles são fracos e deficientes.Outro ponto é o currículo do curso que na minha opinião deve ser revisto e reformulado.
E aí Olice, tudo em ordem?
Enfim alguém falou minha língua… Estava com medo de ser só por aqui que ocorria isso.
Concordo com você plenamente. Pelo menos é isso que ocorre na minha facul.
Muito Obrigado pelo comentário e grande abraço.
Olá, Boa noite.
Eu sou aluno de engenharia de alimentos da UFRRJ e estudei eletromecânica no IFF-Cabo Frio. Na minha opinião, está muito além de professores capacitados ou não, tenho professores na rural que são pós-doutorados em caltech, e professores no IFF que são verdadeiros gênios. Porém o que pude notar é que muita gente não tem muito interesse, é verdade, por mais que doa… mas quem quer, corre atrás. nem sempre a matéria é fácil, mas tem que ser ensinada e aprendida, cabe a você correr atrás, fazer os exercícios, prestar atenção na aula, enfim, se dedicar mesmo. não vou falar que todo professor está disposto a te ajudar( isso seria o certo, mas fazer o que?!), grande parte do problema está no professor, porém, outra grande parte está no desinteresse do aluno. FATO, se o professor notar interesse no aluno ele vai se interessar em aulas melhores… Pense bem, quantas vezes acordamos e quando olhamos no espelho dizemos:” Graças a Deus, hoje eu vou estudar e aprender mais ainda!”, dizemos na maioria das vezes: “P*t* que pariu, tenho que acordar cedo para ir a aula”. Acho que essa falta de “espirito”, que é o maior problema, bom, na minha opinião, de aluno, de convivente desse universo. Resumindo, a culpa não é só dos professores(alguns) e sim de um todo, que envolva professores, um bom ensino médio, uma boa disciplina, e uma boa dose de força de vontade. Bom, essa é minha opinião.
Fala Hugo, tudo em ordem?
Bom culpar os outros(professores) é fácil. Claro que se alguém realmente quer
aprender corre atrás e aprende sozinho.
Mas acredito que essa falta de animação de ir as aulas pode ser pela
dificuldade das matérias e também por falta de incentivo e motivação dos
professores.
Um exemplo que posso citar: Se você vai fazer uma apresentação de
trabalho para alguém precisa falar claro com boa entonação, mostrar que conhece sobre o assunto ou seja dar o máximo de si naquele momento.
Para agradar as pessoas que estão te ouvindo para que não durmam ou perca o
interesse no seu trabalho.
É isso que ouvimos sempre..das melhores dicas de uma boa apresentação.
Porém não vejo isso em muitos dos professores. (Não quero generalizar). Mas
se um professor manda muito bem na sua aula você fica com vontade e motivado a aprender mais e mais sobre aquela matéria e realmente acorda com vontade…”Hoje vou aprender mais” como você disse.
Mas aulas “meia bocas” te deixam desanimados que as vezes se você
ficar em casa estudando e ler o livro aprende bem mais… Ainda mais
professores de faculdades federais e estaduais não tem emprego ameaçado…
O salário poderia ser o motivo para essa desmotivação, mas para esses
professores universitários são muito bons. Pelos menos aqui na federal.
A culpa não é toda dos professores. Mas uma parcela da desmotivação pode ser deles. Essa é minha opinião…
Com certeza, você tem razão. Os “culpados” não são só os professores, mais sim de um conjunto. Gosto de pensar que vai melhorar quando tiver um “mix” entre aluno interessado e professor interessado e aluno interessado , mais do que professor interessado, professor com boa vontade e aluno com vontade de aprender. Realmente se não há essa junção de fatores, fica difícil acordar de absorver conhecimento útil. É complicado, mas sempre fui do tipo: roupa suja se lava em casa. Desda quinta série, se tinha algum problema com o professor primeiro eu resolvia com ele, chegava pra ele, numa boa, e conversava, falava o que tava achando da aula. Outra, ele tem que te ouvir, a função dele na faculdade é ensinar e o real motivo dele estar lá são os alunos. Agora, se mesmo assim não der jeito, recorra a superiores; junte alguns alunos e fale com o coordenador de curso, com a reitoria, com o MEC se for preciso, como fizeram no IFF alguns anos atrás, e deu certo. Penso que o caminho é esse Gustavo, primeiro o diálogo e o debate, visualizar o erro de cada um e tentar corrigi-los pra melhorar cada vez mais o nosso desenvolvimento. Potencial nós temos, não importa sua faculdade, seu curso ou o lugar onde moramos; importa sim o nosso empenho e o nosso desenvolvimento junto ao professor. Bom, esse é o meu ponto de vista, inclusive achei excelente o seu.
Falou tudo Hugo!!!!
Fica a dica para todos um meio de tentar resolver alguns desses problemas.
Foi muito esclarecedor. Muito obrigado mesmo!
Grande abraço
Aproposito, seu site está de parabéns por levantar esse tipo de discussão, além de nos dar ferramentas e ajudas sobre informações do ramo no Brasil! muito bom mesmo!
Valeu Hugo,
Quero tentar juntar um pouco a classe de engenheiros.
muito obrigado pelo comentário que foi excelente, pois passou um pouco da sua experiência.
Agregando muito valor aqui.
Grande abraço
Eu acredito que esse Ultimo dado esta um pouco distorcido cara. Que fique claro que afirmo isso de forma puramente empírica, não tenho nenhum dado que confirme isso. Engenharia e cursos de exatas em geral costumam formar bons profissionais, o primeiro motivo é que só vai pra engenharia e permanece quem sabe oque quer… Segundo é que o curso é muito puxado e não adianta. REMA por exemplo, não existe uma forma de Facilitar aquilo, mesmo que facilite ainda será muito difícil, e no final das contas o profissional ainda assim acaba saindo da universidade capacitado… Acho que essa é uma característica dos cursos de exatas.. mas seria necessário uma pesquisa de campo para confirmar esses dados
Boa Tonny…
Você tem razão. Para o cara chegar ao fim do curso de engenharia não tem como ele ter enganado ou feito de qualquer jeito.
Tem que realmente estudar ou se não reprova mesmo e acaba desistindo.
Muito bom levantar essa questão!!!
Grande abraço garoto excelente ponto de vista.
Em parte concordo as opiniões abaixo, mas ressalto Professores com Doutorados, mestrados e etc.. não quer dizer nada, pergunte a eles quantos anos da vida deles eles passaram em uma indústria.A genialidade dos professores da UFRRJ e outras federais é incontatável mas falar com base nos livros não basta, no quadro negro e no matlab tudo funciona, quero ver aplicar em um processo produtivo industrial. Na engenharia prevalece a prática e a aplicabilidade. Posso defender minha opinião com minha experiencia profissional, tenho 33 anos de idade e desde os 18 trabalho em indústria.Passei pela IMBEL,Vale e hoje sou Projetista especializado na ambev e sempre que posso converso com meus colegas engenheiros e todos são enfáticos o curso de engenharia no brasil não prepara ninguém para o mercado de trabalho.Acredito que o curso de engenharia forma bons profissionais teóricos, só isto e nada mais.
Muito bom saber a opinião de quem tem mais experiência e já passou por isso.
É exatamente isso que estou vendo ocorrer aqui na facul. Também é federal
e estamos cheio de professores Lattes.
Currículo invejável e nenhuma experiência de mercado.
Muito obrigado pelo comentário…muito esclarecedor. Seus comentários
poderiam virar um artigo para que todos saibam a verdadeira realidade.
Grande Abraço e sempre que puder contar mais da sua experiência será bem
vinda !!!
Falaê Gustavo, beleza?
Então, eu sou do curso de engenharia elétrica mas em uma faculdade particular, lá os professores NORMALMENTE se dizem (não pude comprovar, com excessão de alguns) oriundos de boas universidades e direto do mercado de trabalho pra trazer pra gente um pouco mais sobre a demanda estabelecida por esse monstro voraz do mercado de trabalho.
Uma boa parte das empresas fala em estar com carência de profissional na área de engenharia, mas o que elas não comentas é que elas pegam o engenheiro e contratam o cara como analista ou cargo similar, só para não pagar o piso do engenheiro que está em torno de 9 salários mínimos. Hoje eu estou estagiando em uma empresa de renome e tenho conversado muito com o pessoal do RH e eles tem me contado algumas coisas bem chatas quanto a isso.
Você estar preparado pro mercado de trabalho e tarefa SUA, o mercado reconhecer seu valor é tarefa DELES!
Sucesso a todos
Fala Diego, tudo em ordem?
Valeu pelo depoimento e por contar um pouco da sua experiência…
Mas essa história já ouvi falar mesmo…mercado fala que precisa de pessoas qualificadas mas na hora de pagar esse pressoa prefere mesmo um estagiário..
Grande abraço
Parabéns pela matéria. Acho que deveria ser feito um modelo inferencial com todas essas varíaveis para ver qual seriam os resultados. Mas posso afirmar que todas as questões levantadas por você são fundamentadas. Abraços
Olá José, tudo em ordem?
Muito obrigado pelo comentário …
Isso com certeza daria uma grande pesquisa.
abraço
Com tanto conteúdo no seu site não tem como não aprender e ser um bom Professional.
E aí Samuel, tudo bem?
Valeu Samuel por suas palavras …
eu tento ensinar o pouco que sei e ajudar a classe dos engenheiros a enfrentar os desafios tanto em sua carreira como na universiadde.
Acho que essa troca de experiências e conhecimentos entre nós vale muito a pena.
Grande abraço e apareça sempre
Penso que há muito curso ruim de engenharia, mas as universidades não pode ser a vilãs sozinhas, as empresas é que andam exigindo demais de alguém que acabou de se formar e teve pouco ou quase nenhum contato com a área, geralmente na indústria. As grandes empresas que contratam esperam que dentro de 90 dias o estagiário ou contratado esteja apto e adaptado às tarefas (que, em alguns casos, levam anos para se familiarizar) porém, em alguns ramos, esse tempo é praticamente impossível de se aprender a fundo o funcionamento da empresa e o desenvolvimento de determinado produto. Nesse caso só vejo uma alternativa: ou a empresas começam a influenciar diretamente na grade das universidades/faculdades ou as faculdades passam a trabalhar especificamente com a atualidade das empresas, o que é um problema, visto que existem inúmeras áreas na qual um engenheiro em sua especialidade pode atuar. Conjunto da ópera: a universidade deixa de cumprir sua meta de formar e preparar o aluno para o mercado, a empresa deixa de contratar e reclama da falta de mão-de-obra especializada (o nome já diz tudo) e o engenheiro vai precisar buscar em escolas específicas tal conhecimento para atuar no mercado de trabalho. As empresas precisam entender que elas devem investir em treinamentos e que o engenheiro sai com uma formação generalizada da sua área de trabalho e não especializada. A única coisa certa é que muitos querem ser engenheiro mas, de fato, poucos possuem capacidade para isso.
Olá Jonas, tudo em ordem?
Grande ponto de vista!
Concordo com você de que as empresas precisam estar mais próximas das universidades.
Isso já é muito utilizado pelo que conheço na Alemanha.
Uma parceria universidade empresa já reduziria bastante essa constante reclamação das empresas em falar que falta profissional qualificado.
Abraço
Beleza Gustavo? Seu blog é muito legal, limpo e prático, como deve ser um engenheiro. Caí aqui ao buscar vídeo-aulas de Excel, mas as aulas de Matlab também interessaram, pretendo vir mais vezes e talvez adquiri-las (assim que eu tiver money..rs). Sobre o mercado de trabalho, a gente precisa sempre lembrar que há casos e casos, algumas empresas investem em treinamento, outras não. E lembrarmos também que a grande maioria delas, do setor privado, visam lucro, se não gerarmos lucro pra elas, elas nos demitem facilmente, então o profissional precisa se valorizar também. Muitas universidades também tem apenas o foco no lucro, o ensino virou um negócio que vende diploma e que coloca muita gente mal-preparada no mercado. Isso dá uma longa tese mas resumindo é isso que penso e percebo. Continue com esse trabalho muito legal que tem feito, e que consiga o retorno esperado, valeu pelas aulas gratuitas, irmão. Abraços e sucesso.
Olá Gustavo, Tudo bem?
Estou no ultimo ano de Engenharia da Computação… Bom, o que eu posso dizer é que foi uma batalha e tanto até chegar aqui e que mesmo tendo sofrido muito com os calculos da vida, entre outras disciplinas q geralmente nos deixam loucos na faculdade, está sendo muito gratificante. Acho que realmente falta um insentivo maior por parte das empresas. Já que elas buscam tanto engenheiros qualificados, por que n se juntam à instituições para desde cedo ir capacitando o aluno? Pq na facu agt vê mais o basicão msm… muita teoria e pouca prática. Ai quando sai da facu e tenta um emprego legal custa conseguir, por n ser tao bom ou n ter experiencia nenhuma.
Ser engenheiro é pra poucos.. E eu sou muito feliz por ser uma das poucas mulheres da engenharia. 😀
Muito bom seu blog, adorei! Bom pra dar uma estimulada neh… e ver oq o pessoal ta pensando. Obrigada!
Olá Luzidalva, tudo bem?
Que bom ver o seu depoimento contando um pouco de suas dificuldades superadas.
Acredito que todos passam por isso…muitas pessoas vão se identificar…
Parabéns por ter conseguido vencer mais esse obstáculo e muito sucesso na
sua carreira..
grande abraço e volte sempre por aqui deixando seus comentários
sou estudante de eng civil em uma instituição privada no interior do espírito santo, a realidade que encaro aqui é a seguinte: viajo duas horas pra me deslocar da minha cidade até a faculdade e quando chego lá me deparo com laboratórios inacabados, falta de professores preparados, uma baixa no nível de ensino para que o curso deixe de ser “seletivo”, a parte aplicada do curso é atropelada pela falta do laboratório que é só promessa, por outro lado há na região uma demanda enorme de profissionais engenheiros bem qualificadas com fluência e vontade, o fato da instituição baixar o nível faz com que as pessoas menos descompromissadas continuem no curso limitando a evolução do resto da turma, más as mensalidades são recebidas sempre em dia engordando o bolso burguês, e ainda por cima o curso ainda nem é reconhecido pelo mec o que nos causa uma eterna desconfiança e medo. o investimento ou acompanhamento das empresas privadas simplesmente não existe, em contra partida há exigência de bons profissionais, a visão tanto das instituições e empresas locais é claramente o foco único no lucro! e os estudantes aspirantes à engenheiros são meros bons pagadores de mensalidades. E no final ainda tenho mais duas horas de viajem d volta para encarar! Ressalvo que mais de 50% dos alunos da instituição moram em outras cidades.
Olá Marco, tudo em ordem?
primeiro quero te parabenizar pela grande força de vontade para continuar estudando e enfrentar as 2 horas de viajem…
Confesso que se fosse eu já tinha desistido…. Parabéns mesmo serve de exemplo para todos aqui!
Porém quanto a falta de estrutura fique tranquilo que não são apenas as faculdades particulares não…eu estudo em uma federal chamada UFABC em santo andré…
E também enfrento os mesmos problemas de falta de estrutura pois a faculdade ainda não está acabada e também alguns cursos não são reconhecidos pelo MEC.
Eu agora estou fazendo uma engenharia por aqui que se chama Engenharia de Gestão…porém a universidade não conseguiu registrar esse nome no MEC e terá que mudar para engenharia de Produção….
Essa é a situação do ensino superior no Brasil meu amigo…Temos que enfrentar tudo que vem pela frente
Mas bola pra frente que ficar reclamando não adianta em nada ….
Grande abraço e força aí para continuar nos estudos
Sempre que puder deixe comentários
Eu estudo Engenharia Civil na UFG campus Catalão e a maioria dos meus professores possuem didática zero, aquela mesma história de que aluno de engenharia tem que se virar sozinho. Se essa é a verdade então qual seria a função dos professores ? Apenas corrigir as provas e passar trabalhos? Acho muita injustiça o que ocorre nas universidades federais os professores a maioria nunca trabalharam na área, o fato de um discente ter mestrado ou doutorado não muda nada pro aluno. E por final não temos nem com quem reclamar, um professor de federal é um funcionário público que faz o que quer, se alguém ousar reclamar acaba sendo perseguido com uma correção de prova nada imparcial. Metade da minha turma, 25 alunos, já mudaram de faculdade ou desistiram. Talvez seja por esses motivos que temos tão pouco profissionais adequados no mercado, é difícil formar e mesmo formando ainda temos que ralar pra aprender algo.
Fala Italo, é isso mesmo cara…
Realmente isso é o que nos deparamos na universidade…
Quando estamos do lado de fora, parece ser mil maravilhas, mas na verdade é tudo ilusão.
Alguns professores abusam do seu cargo público …esse quadrimestre aqui por exemplo tive um professor pegou uma disciplina porém estava de licensa..não tinha ninguém para repor…ficamos sem aula..
Agora volta o bonitão depois do carnaval e quer repor as aulas de sábado das 14h as 18h …falou ainda que não tem desculpa se faltar e vai dar trabalho em todos os sábados….
Ou seja o cara pode faltar de boa…e quer dar aula quando ele quiser… está certo isso?
Essa história de apenas doutores darem aula em universidade também é algo que não concordo em partes…pois tem professores que como vc disse nunca trabalhou na área isso na Engenharia é uma grande falha…pode servir para outras áreas que não precisam tanto da prática mas na Engenharia acredito que tem que ser diferente…
Bom é isso né cara…será que podemos fazer alguma coisa sobre isso?
Abraço e obrigado pelo comentário
Trabalho com obras de infraestrutura e infelizmente o profissional de Engenharia no Brasil não é valorizado, ao menos nesse segmento. O mercado, de projetos/obras de infraestrutura é muito instável, vivendo da vontade política que se renova de quatro em quatro anos e que faz os jovens a pensarem se terão um futuro profissional diante de um quadro como este.
Olá Fábio, tudo certo?
Cara acho que ultimamente não está fácil para ninguém viu…
o engenheiro está sendo muito cobrado e pouco valorizado.
Se quiser conferir escrevi um artigo falando um pouco sobre isso …
se quiser da uma olhada Engenharia é uma profissão Ingrata ? :https://engenhariacotidiana.com/engenharia-e-uma-profissao-ingrata/
Depois deixe seu comentário….
Abraço
UAI…enquanto tem os HSBC que não dão conta, hj existe o curso a distância, e aí??? Eles vão dar conta? é um absurdo….o Brasil faz campanha que falta engenheiro, o MEC libera um monte de faculdade, um monte de gente vai fazer engenharia, e depois??? todo mundo desempregado e a desvalorização do profissional. E cada um que dá aula, e cada faculdade de interior, que não dá pra acreditar!!!! Quando formei há dez anos, eu era vista como louca porque fazia engenharia, era totalmente desvalorizado, emprego? se conseguisse era como ganhar na loteria!!!
Acho que isso se inquadra em um todo; estudo engenharia civil em uma faculdade privada em Santa Cruz – RJ.Muitos professores nao passam um bom ensino e muitos alunos nao se esforçam para aprender, vejo muitos alunos que nao sabem nem soma de numeros reais negativos tirando notas altas por apenas colar de outros, vendo isso e facil adivinhar o futuro. Alem disso tenho um amigo que faz o mesmo curso que eu, nos mesmo dias e na mesma hora, só que em turma diferente e professoras diferentes, nois não podemos marcar para estudar junto pois o conteudo e totalmente diferente; acho que isso deveria ter um padrão algo mais controlado.
Ainda estou no 3º ano mas entrei num grupo no Facebook q é só de vagas para Engeheiros. Tem um monte de recém formado desempregado q não conseguem achar emprego e criticam essas pesquisas q dizem q falta engenheiro. Eles dizem q ainda falta vaga, e as que tem são para contratação como Analista ganhado no máximo R$2500,00 qndo pagam bem. E são formados de varias regioes do Brasil e até de faculdades publicas.
É Guilherme não está fácil para ninguém!
Estou na fase de começar a procurar estágio…e posso te falar tem que ralar e fazer muitos testes para ver se passa em algum.
Essa história de faculdade pública você está garantido também é lorota as empresas não querem saber qual facul você é não.
Querem ver se você tem experiência se já trabalhou, se já fez intercâmbio entre outros…
Facul pública não é mais diferencial.
Se prepare…
Abraço
Gustavo Luiz
Guilherme.
Atenção. As leis do mercado devem ser e entendidas. Eu sei que elas não estão escritas em lugar nenhum.
Concordo que Universidade Pública, intercâmbio ajudam, mas não são fundamentais.
Vejo nos estágios, em alguns é claro, deficiência no ensino básico.
No seu caso, pelo seu texto, melhore a sua forma de escrever. Isso pode ser danoso em sua profissão.
Boa sorte.
Estou no 4º Semestre. Percebo que ainda existe uma grande falta de incentivo, que começa no ensino médio, por parte dos professores. Já houve caso de professores do meu curso desestimular vários colegas que chegaram até trancar a matrícula. Muitas faculdades não dispõe de infra-estrutura necessária para um graduando em engenharia, seja ela em qualquer das “n” áreas que possuímos vinculadas ao CONFEA/CREA. A Falta do contato do aluno com o canteiro de obra, no meu caso que curso eng.civil, é outro fator que contribui infelizmente para o despreparo em exercer a profissão futuramente ao se graduar. Vejo também que seria necessário haver mais parcerias das empresas do ramo da engenharia com as IES (Instituições de Ensino Superior) e a participação mais efetiva do conselho que nos rege, o CREA, em nossa graduação.
Estou no terceiro ano em Engenharia Mecânica e digo que há muitas verdades sim, tive que estudar muito para aprender a matemática e física avançada que nunca vi na escola (e era um CDF).
De minha turma 7 já desistiram e vai indo, é difícil e depois quando estiver se formando a experiência vai faltar, tenho a sorte de ser um ferramenteiro e terei muita bagagem técnica e conhecimento prático que fará diferença quando procurar oportunidades, mas essa é a realidade da minoria, ser técnico e cursar faculdade.
[…] Fontes: R7, Engenharia Cotidiana; […]
Concluí a faculdade de Engenharia Química em 12/2012, tenho 6 anos de experiencia em plástico, 4 anos de experiencia em qualidade e consegui apenas 3 entrevistas que valessem a pena (valer a pena é ganhar R$ 4000,00 ou mais), porém, as empresas querem investir pouco no funcionário, elas querem no mínimo formação, experiência e inglês, muitas exigem SAP ou outro software, ou seja, um profissional “completo”, mas um recém formado dificilmente tem essas qualificações, e quando atinge todas elas ele já tem 30 anos ou mais e já está chegando na idade da “velhice” pois as empresas evitam profissionais depois dos 40. Resumindo, exige-se muito e paga-se pouco.
Eu me dediquei ao máximo na faculdade, conclui em 10 semestres se nenhuma DP fiz vários cursos de aperfeiçoamento na área de plástico e qualidade, tenho inglês avançado e mesmo assim está bem difícil arrumar emprego que pague mais de R$ 2500.
A só pra completar. Excelente blog. Conheça o meu também. http://www.raulbraghin.blogspot.com.br
Tudo que disse, realmente é verdade, mas a força de vontade do aluno também deve ser levado em consideração. Me formei no ensino médio em escola pública, em 1998. Fiquei 12 anos longe de matemática, e aos 30 anos comecei Engenharia Civil, estou indo pro 8º módulo, e não tive problemas. Para alcançar algo, temos que nos sacrificar também.
Esse pessoal que reclama muito de professores , de falta de estrutura ,de laboratorios etc, sâo geralmente alunos ruins . No estudo da engenharia , a traves do estudo denso da matematica e a fisica o aluno é preparado para encarar problemas que nuncia viu e pode se desenvolver em qualquer área.
Bom,sou estudante de Engenharia Civil,realmente não é nada fácil,mas com interesses da parte dos Professores e Alunos ajudam bastante,e com uma estrutura boa fica bem melhor o aprendizado!
Hoje em dia o mercado de trabalho exige muito,por isso a dedicação de terminar, e saber em o que se formou sempre é o melhor!
Na engenharia as coisas parecem já começarem erradas. Ao contrário de outras profissões, que os alunos da graduação no primeiro período vêem alguma coisa da profissão que escolheu, nos enchem de matérias teóricas e sem aquele incentivo inicial.É frustrante.
Hoje já sou um engenheiro com certa experiência que “ralou” muito e me considero vencedor, me dou ao direito de fazer algumas críticas:
– O mercado está demasiadamente competitivo e isso está sendo usado de forma errada. Algumas empresas apostam em jovens profissionais em cargos que deveriam demandar experiência. Isso está criando profissionais prepotentes e incompetentes. Jovens cheios de poder, porém sem conhecimento, tomando decisões erradas que quando vêem a tona, demissão e na maioria das vezes, fim da carreira.
– Alguns raros casos que agarram essas oportunidades e se calçam de coerência, sucesso. Esse sucesso é lento, leva anos para surtir resultados, em suma, experiência.
Reflitam
boa sorte a todos.
Gustavo, eu sempre fui muito bem em todas as matérias na escola… Porém, apesar de não ter um raciocínio muito bom, sempre adorei de paixão matemática… Já a fisica, não lido tão bem com ela… Porém devido a minha super dedicação pra todas as matérias, eu acabo me saindo melhor que muitos colegas da minha sala em física. Sempre gostei muito de criar coisas e ajudas as pessoas e gosto dessa ideia de mudar o mundo no quesito ambiental… Por isso pensei em cursar engenharia ambiental… Só que não sei se seria a escola correta pra mim, tenho muito medo de escolher e me frustrar muito com o curso. Me ajuda por favor…
Bom dia pessoal!
Sou estudante de Eng. Mecânica.
Acredito que o incentivo ao interesse dos estudantes deve vir desde o ensino médio, apesar de muitas pessoas gostarem de tecnologia, quando chegam na universidade a carga de ensino em matemática, física e química é muito grande. Estudei em escola pública no ensino médio, e meus professores de física e química eram muito bons, porém há um défict em matemática. Ocorre que, não é qualquer um que segue em diante na área, é preciso realmente gostar do som, vibração, vislumbre, beleza e admiração que as máquinas proporcionam, e se dedicar disciplinadamente.
Além do mais, temos que relevar as pessoas, e piadas sobre nosso estilo de vida, pois futuramente teremos nossa recompensa.
O grande culpado é o governo Brasileiro que nao incentivam o empreendorismo e a competição entre as empresas. E nao incentivao pesquisas para criação de novas tecnologias, que nao possuem relação com agronegocio. Há anos que o Governo vem pregando capitalismo corporativista, onde so um grupo seleto de empresários(Doadores de campanhas e corruptos) possuem todas mazelas possíveis dadas “de mao beijada” pelo o Estado porco e corrupto, assim prejudicando a concorrência de mercado. Tendo os maiores prejudicados os pequenos e médios empresários, no qual são responsáveis pela economia desta piada chamada de País. Não é atoa que nas últimas décadas pode ver o grande número de pessoas interessadas nos concursos públicos.!!
Bem, nao posso dizer pelos outros, apenas acredito nessas pesquisas, pois eu tambem sou tupiniquim. Sempre gostei de exatas, mas, como estudei em escola publica nao tive a oportunidade que meus primos ricos tiveram nas particulares em que estudaram ate o vestibular. Acho que a culpa vem de ambos os lados. Se nao sei resolver um simples exercicio de geometria analitica de nivel medio, como vou resolver integrais, derivadas, mecanica dos fluidos, algebra, vetores, operacoes unitarias…? Outra coisa seria o incentivo que foi dado para a area de humanas e a falta de investimento em tecnologias e engenharias. Em muitas cidades do interior baiano, por exemplo, existem universiodades estaduais que so possuem cursos de administracao e geografia. E so. O custo, como mencionado no seu texto, seria menor para manter funcionando salas, livros, professores e televisoes antigas para video aulas. Realmente, o governo nao pensou longe. Mas o que esperar de um governo composto por sociologos e pedagogos? Nos paises mais desenvolvidos do mundo, a engenharia grita alto. So sei que quem se prejudica mesmo sou eu e muitos jovens carentes moradores de favelas apaixonados por engenharia e exatas. Hoje estudo sozinho pelo youtube. Tento resolver exercicios de matematica de nivel medio e quem sabe em 2020, se eu nao morrer, eu consiga ingressar na engenharia.
Ah! Esqueci de mencionar tembem, pelo menos aqui no nordeste nao temos engenharia noturno. 99% das universidades publicas, ou 100% mesmo, o curso e integral. E eu sou pobre, preciso trabalhar pelo dia. Nao sou guarda-noturno.
Sou estudante de engenharia Civil, estudo numa universidade federal. Vejo que para você sair da faculdade preparado para o mercado de trabalho é necessário não focar só na universidade, uma vez que muitas vezes você estuda matérias bem pesadas para realização apenas de provas, realmente essas provas e matérias são importantes para ter uma melhor noção de engenharia, mas quando você está trabalhando em uma obra ou algo do tipo é bem diferente.
Para mim, os grandes culpados desse fator “preparado” são os professores, que poderiam levar para sala de aula conteúdos mais práticos, levar os alunos até as obras, elaborar projetos com análise de normas, ensinar o aluno colocar a mão na massa mesmo, entretanto o que acontece são provas provas e provas… Muitos professores das federais são acomodados, não pensam em oferecer o melhor para o aluno e sim dar aquela matéria dele e ir embora para casa, afinal o salário dele no final do mês é garantido e ele não tem que cumprir meta nenhuma. Outros culpados são os alunos que estudam estudam estudam e não percebem que se eles estudarem estudarem e estudarem, só saberão estudar. Para estar “preparado” o aluno tem que se movimentar deixar de ser acomodado, o quanto antes começar um estágio é melhor para ele, não importa se vai ser mais difícil o curso ou se isso irá acarretar algumas finais. Para o aluno sair preparado ele tem q se preparar.
Vejo isso no meu curso, se alguém passa por algo semelhante ou discorda, compartilha ai !