No Brasil, uma das questões mais pungentes dos bastidores de um jogo de futebol é a condição do campo, que é muito importante para que uma partida ocorra com tranquilidade – e, principalmente, qualidade. Um campo de futebol mal cuidado pode comprometer não só o andamento de um belo jogo, como também a integridade física dos jogadores e do juiz.

Em resumo, o campo de futebol só está realmente ok se, além da qualidade da grama utilizada, seu sistema de drenagem esteja em plenas condições de funcionamento. Poças d´água podem interromper ou cancelar partidas de futebol, e esse é um problema facilmente resolvido com uma drenagem adequada. Nas gramas dos estádios de futebol é possível trabalhar com dois tipos de drenagem para evitar esses problemas: a superficial e a subsuperficial.

Na drenagem superficial, a finalidade é escoar a água da chuva do centro para fora do campo. Se o estádio está em consonância com os padrões da FIFA, como são agora os estádios brasileiros que participarão da Copa do Mundo de 2014, existe uma inclinação de 1% do centro para as laterais, justamente para facilitar esse trabalho de drenagem. Já a drenagem subsuperficial é realizada na tentativa de retirar a água para evitar que o campo se encharque. Nesse caso, podem ser utilizados vários geossintéticos na drenagem de campos de futebol, como manta geotêxtil, geotubo drenante e brita.

Para fazer uso desses geossintéticos, é preciso fazer a drenagem com duas trincheiras, onde o solo é removido, dando espaço a uma porção de brita e tubos perfurados envoltos com manta geotêxtil não tecida. Depois das trincheiras primárias e secundárias outro geossintético toma lugar para garantir a drenagem do campo de futebol: uma camada de solo chamada Top Soil, composto de mistura de solo com areia, com a função de levar água até as trincheiras.

Os geossintéticos ajudam – e muito – a melhorar os sistemas de drenagem dos campos, contribuindo para que o espetáculo do futebol seja completo, sem problemas que interrompam ou comprometam o andamento da partida. Mas, de qualquer forma, é de extrema importância que as concessionárias de estádios, clubes e governos mantenham um calendário de manutenção dos sistemas e, até mesmo, troca dos materiais geossintéticos. Afinal, de nada adianta apelar para uma tecnologia muito eficaz e poderosa se, no fim das contas, não se vai tomar cuidado dela corretamente.

Artigo escrito por Igor Bernardo com a colaboração do site http://geofoco.com.br/


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