Nesse artigo de número 2 vou te passar os conceitos do Mercado Financeiro.
Para facilitar vou fazer uma divisão de Renda Fixa e Renda Variável.
O que é Renda Fixa ?
Qualquer tipo de investimento que possui regras definidas no momento da aplicação.
Fator interessante da maioria dos produtos de renda fixa é a garantia do Fundo Garantidor de Crédito(FGC), uma instituição privada, que tem como sócios a Caixa, os grandes bancos, sociedades de crédito dentre outros players do mercado financeiro.
O objetivo é prover segurança aos investidores, no caso de falência ou intervenção de uma instituição financeira, o FGC ressarci os investidores dessa instituição.
1) Selic
Taxa básica de juros, principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.
Utilizada como parâmetro para remunerar os títulos públicos.
2 ) Tesouro Direto
Título emitido pelo Tesouro Nacional em parceria com a bolsa de valores. Basicamente uma forma de “emprestar” dinheiro ao governo e ser remunerado pela SELIC.
3) CDI
Certificado de depósito interbancário. São títulos emitidos por instituições financeiras e trocados entre elas para realocação de caixa.
Sua remuneração segue basicamente a SELIC e irá servir como referência para remunerar outros instrumentos.
Em outras palavras, é o preço do empréstimos entre bancos.
4) CDB
Segue o mesmo raciocínio do Tesouro Direto, porém, nesse caso você estaria “emprestando” dinheiro a um banco.
A remuneração vai variar de instituição para instituição, mas é sempre uma função do CDI. Possui garantia do FGC.
O que é Renda Variável?
Investimentos onde a remuneração não pode ser dimensionada no momento da aplicação.
1) Ações
São participações de empresas negociadas em Bolsa de Valores (B3 no caso do Brasil) e cada lote representa uma fração do capital social da Cia.
Temos basicamente 3 tipos de ações:
a) Ondinárias (ON):
Tem como principal diferença o direito a voto em assembleias. (Irrelevante no caso de acionistas pequenos).
b)Preferenciais (PN):
Tem como principal diferença a preferência no recebimentos de proventos. Por lei os dividendos dessa classe são, no mínimo, 10% maiores das ordinárias.
c) Units:
São uma combinação de ON’s, e PN’s dentro de um mesmo ativo.
2)Derivativos
Contratos que derivam de outro ativo. Aqui encontramos opções e contratos futuros.
As opções são ativos atrelados a alguma ação, enquanto os contratos futuros servem ao mesmo propósito, porém, não se limitam a ações, podendo negociar moeda, índices, commodities, etc.
Em outras palavras, você pode negociar a compra ou venda de um determinado ativo em algum período de tempo futuro.
Podem ser usados como especulação e/ou proteção.
3)Índices
Ativos financeiros atrelados a algum indicador macroeconômico, conjunto de ações , setor da economia, etc.
Em outras palavras, é um ativo que tem como principal função retratar algum conjunto de fatores dentro de um mesmo produto.
No mercado de ações é comum que ele retrate um portifólio hipotético de certas ações.
O mais famoso : IBOV: Índice Bovespa.
4) FIA
Fundo de investimento em Ações. São carteiras geridas por profissionais do mercado que alocam pelo menos 67% dos recursos em ações.
Cada fundo possui sua estratégia e é uma ótima opção para quem quer se expor às variações da bolsa de valores, conhece os riscos envolvidos, mas nã possui a expertise para montar um porrifólio próprio.
5)FII
Fundos de investimentos Imobiliário. Funcionam de maneira similar aos FIAs, porém, o ativo que constitui esse porrifólio é imobiliário. Entram aqui, prédios, comerciais, shopping centers, hospitais, galpões logísticos, CRIs, LCIs, etc.
Tem como características a capacidade de retornar dividendos mensais e a isenção de imposto de renda.